Folia: Comportamentos de risco preocupam ISSO NO DEFATO.COM


Paulo Sérgio Freire
Da Redação


Carnaval a todo vapor pelo país a fora, foliões nas ruas exageram na bebida e por acidente se descuidam na hora H! Muitas pessoas já devem ter passado por essa situação, ou seja, estiveram em situação de risco a partir de uma experiência sexual feita sem preservativo.

Mesmo sem ter dados seguros para confirmar tais comportamentos, Elisângela Gurgel, coordenadora do Departamento de Prevenção a Doenças Sexualmente Transmissíveis do Município de Mossoró, revela que durante períodos como o Carnaval, de fato, existe um aumento na busca por contracepção de emergência (ainda durante as festividades) e também por diagnóstico do HIV.

A partir desse comportamento, observado através de relatos dos profissionais de saúde e dos próprios usuários dos serviços, os especialistas em prevenção de doenças sexualmente transmissíveis são levados a crer que durante o Carnaval as pessoas se expõem mais. "Até mesmo em virtude do uso abusivo de álcool", acrescenta a coordenadora.

Elisângela orienta que para quem se descuidou o procedimento correto deve ser: Realizar o exame do HIV, 30 dias após a situação de risco. Que pode ser realizado, segundo ela, na Unidade de Saúde do seu bairro, e ainda no serviço de diagnóstico rápido no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), que funciona no "PAM do Bom Jardim".

Lá o usuário, segundo a coordenadoria de DST, poderá conhecer sua condição sorológica em menos de 30 minutos. Além do teste rápido do HIV, também é possível realizar o teste rápido da sífilis. Os testes são seguros, sigilosos e não necessitam de qualquer tipo de encaminhamento. É só chegar ao CTA, levando documento com foto, passar pelo aconselhamento (orientações) e realizá-los.

Mas o que fazer diante de situações onde o cidadão tem a certeza que se expos a algum tipo de infecção sexualmente transmissível? O médico infectologista Alfredo Passalacqua, que integra a equipe do Hospital Regional Rafael Fernandes - Único na região especializado em doenças infectocontagiosas - explica que em período de feriados prolongados, a situação torna-se mais difícil devido à rede de atendimento de saúde estar reduzida à urgência e emergência. "Caso alguém tenha comportamento de risco e acredite que possa ter se contaminado, o ideal é procurar imediatamente hospitais de referência em doenças infecciosas", explica Passalacqua, acrescentando que existe tratamento profilático a fim de evitar contaminação, inclusive, pelo HIV.

"Ao chegar ao hospital temos um protocolo do qual o paciente deverá responder e assim decidiremos com qual ação iremos proceder para evitar a contaminação ou, caso não seja possível, que tipo de tratamento deve ser feito, haja vista que a maioria das doenças possui a chamada janela imunológica, que é o período de incubação do vírus, o que torna difícil a positivação do exame", diz o infectologista. Entre as doenças, o maior cuidado como já enfatizado deve ser com o vírus HIV - causador da Aids, que é considerada uma doença crônica e não possui cura, apenas tratamento medicamentoso a fim de controlar a infecção.

POSSIBILIDADE
No caso de possível exposição por HIV, existe a possibilidade de evitar a contaminação com uso imediato de medicamento retro viral por 28 dias, conta Passalacqua. Mas, além do HIV, outras DSTs como a Sífilis e a Gonorréia também possuem tratamento profilático emergencial. "É necessário procurar imediatamente o tratamento médico especializado, para se definir que ações devem ser tomadas, o que não pode fazer é procurar tratamento em balcão de farmácia que pode até agravar a situação", finaliza o médico.
← ANTERIOR PROXIMA → INICIO

.

WWW.FELIPEGUERRAINFO.BLOGSPOT.COM.BR