Henrique poderá anunciar rompimento no dia 9 de março (nelsondantas.blogspot.com) |
O dia 9 de março, um sábado, será aguardado com ansiedade. Nesta data, pela manhã, na sede do PMDB, Henrique Alves vai anunciar se o partido quer ou não permanecer ao lado da governadora Rosalba Ciarlini (DEM).
Em princípio, o propósito da coletiva seria atender aos veículos de comunicação que estão solicitando entrevistas desde que Henrique foi eleito presidente da Câmara dos Deputados.
O parlamentar terá a disposição de tratar de vários assuntos. Entre eles a possibilidade de rompimento.
Até lá a governadora Rosalba Ciarlini terá que correr contra o tempo para reverter o quadro que indica afastamento.
Esta semana, o senador José Agripino (DEM) deu a senha: afirmou que Henrique na verdade quer ser ouvido pelo governo.
É esperado que até a coletiva Henrique e Rosalba tenham uma reunião. A primeira tentativa de entendimento será amanhã em Brasília quando a governadora vai à casa de Henrique participar de uma conversa com membros da base aliada.
Recentemente a governadora buscou uma solução para a crise por meio do ministro da Previdência Social, Garibaldi Filho (PMDB). Ele sugeriu que ela resolvesse com Henrique que daria a última palavra. Mas o presidente da Câmara tem mostrado pouca disposição para o diálogo. "Não adianta ter conversa com o PMDB, a insatisfação é generalizada, Todo governo tem um grupo político de apoio, de sustentação, que discute estratégias, faz críticas e pede reformulações", acrescentou.
Essa semana foi dado mais um passo para o rompimento. Henrique deu mais uma entrevista criticando a governadora. Disse que ela não tinha um grupo político e que o problema da falta de diálogo não era exclusividade do PMDB. "Não vejo o grupo político em torno de Rosalba. Está faltando articulação política, um grupo político competente e verdadeiro", destacou.
O PMDB estaria interessado no rompimento para a partir de um bloco de insatisfeitos com o governo formar uma aliança com a oposição e lançar um candidato ao governo. Além disso, seria uma forma de Henrique e Garibaldi darem satisfação ao Palácio do Planalto que não aceitaria a aliança deles com o DEM no Rio Grande do Norte.
Bruno Barreto
Editor de Política
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