VIRGULINO FERREIRA UMA HISTÓRIA PRA SE. LER ULTIMA PARTE!!



FELIPE GUERRA INFO. Mostrou em três pôsteres a historia marcante de Virgulino Ferreira o LAMPIÃO, que apesar de ter espalhado medo e horrores pelo nordeste, se tornou um símbolo, nordestino, e quando se fala em cangaço é inevitável não imaginar no Lampião, festas juninas pelo nordeste retratam as figuras de lampião e o cangaço.


OS CANGACEIROS

Os cuidados tomados pela mãe de Dona Leonila Sousa tiveram fundamento. Na tarde do dia 12 de junho de 1927, Sabino e seu pequeno grupo de cangaceiros estiveram na Fazenda Mato Verde. Ao encontrarem a propriedade abandonada e desprovida de objetos de valor, os celerados quebraram inúmeros objetos, praticando desordens, retornando, entretanto de mãos vazias. Contudo, ainda nesse dia, Sabino conseguiria saborear uma vitória. Por volta das quatro horas da tarde, o pequeno grupo de cangaceiros seguia o caminho de retorno à Fazenda Santana para se juntarem ao bando sinistro. Foi quando o cangaceiro conhecido como "Coqueiro" avistou um carro com dois ocupantes e o ordenou parar.


Não sendo obedecido, o bandido não titubeou e abriu fogo contra o velho Chevrolet. No automóvel seguia o motorista Francisco Agripino de Castro, conhecido em Mossoró como "Gatinho" e o rico comerciante e fazendeiro Antônio Gurgel do Amaral, que buscava alcançar a sua fazenda no lugarejo conhecido como "Brejo do Apodi". Sabino fez ambos prisioneiros e os levou ao encontro de Lampião.


O chefe, então, ordenou que o motorista "Gatinho" levasse um pedido de resgate à família do prisioneiro. Para Antônio Gurgel do Amaral, homem culto, que havia feito parte da Intendência de Natal (cargo na atualidade equivalente ao de prefeito), produtor de algodão de reconhecida capacidade, começava um suplício que o faria prisioneiro do bando de Lampião até 25 de junho. Sobre o seqüestro, Gurgel deixou como legado um pequeno e precioso diário de sua convivência com o bando de cangaceiros.

MORANDO NA GRUTA

Para muitos na região, persiste a idéia de que o provável objetivo do subgrupo de cangaceiros de Sabino não seria a Mato Verde, mas a pequena Vila de Pedra de Abelha, atual município de Felipe Guerra. Talvez pelo fator tempo, distância, dificuldades de acesso ou por terem informações de que a vila era pequena, Sabino desistiu do intento.


Para Dona Leonila e seus familiares, protegidos no abrigo de calcário, esses acontecimentos eram desconhecidos. Ela informou que várias outras pessoas buscaram abrigos nas cavernas da região, principalmente nas cavernas do "Lajedo do Rosário". Igualmente, os mais idosos moradores da Passagem Funda, narram histórias de pessoas abrigadas em cavidades naturais, como a Carrapateira. Durante aqueles dias de medo, mesmo após a chegada da notícia do fracasso do ataque do bando de Lampião a Mossoró, poucos ousaram voltar às suas moradias.


Como a localização do bando continuava incerta e as notícias eram todas tratadas como boatos, a atitude mais prudente era continuar em seus esconderijos. Segundo Dona Leonila, no caso de sua família, a permanência na cavidade foi de quase trinta dias. A história do cangaço, especificamente no tocante ao ataque de Lampião a Mossoró, verdadeiro divisor de águas na vida desse cangaceiro, já foi contada e recontada em vários livros, jornais, folhetos de cordéis e em inúmeros trabalhos acadêmicos.


Contudo, muitos detalhes paralelos à passagem do bando de cangaceiros pela região foram deixados de lado e gradativamente são esquecidos. Nesse sentido, ouvir e resgatar essa história, através das lúcidas lembranças de Dona Leonila Sousa, no alto dos seus bem vividos noventa e um anos, é grande privilégio








clique nas imagens para ampliar a ler as legendas é muito importante

ESCRITO POR: ROSTAND MEDEIROS
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