Nova geração faz movimento estudantil comportado



Do megafone ao Twitter, da barba comprida ao gel de cabelo: como atuam os estudantes que hoje pegam nos pés dos políticos

Fred Raposo, iG Brasília | 26/04/2010 16:19

Um saco de maçãs, doze caixas de leite desnatado, um cacho de bananas, um saco de pão francês, uma caixa de suco de abacaxi, queijo minas, ricota, biscoitos, um saco de limões e alguns galões de água. Foi com este "arsenal" que cerca de 50 estudantes ligados ao movimento "Fora Arruda e Toda Máfia" enfrentaram quase 24 horas de ocupação da nova sede da Câmara Legislativa do Distrito Federal - encerrada na noite desta quinta-feira.

O objetivo do protesto era político: impugnar a eleição indireta que elegeu o governador Rogério Rosso (PMDB), transformar o novo prédio em espaço cultural ou uma escola de ética, fazer auditoria nas contas da construção do prédio, entre outros pontos.

Mas tudo isso regado a leite desnatado?

E quanto ao estigma que marcou a atuação do movimento estudantil na época da ditadura militar (1964-1985), profundamente arraigado no fenômeno da contracultura? Por onde andam sexo, drogas e rock'n'roll?

O perfil "geração saúde" do movimento estudantil inclui gel de cabelo, camisas com mensagens bem-humoradas, sandália de dedo nacional que faz sucesso na Europa, logotipo do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra pregado em alguma peça de roupa e uma rejeição incomensurável aos rótulos de "consumista" e "indiferente".

Itens, outrora, pouco comuns. No lugar do Twitter, o megafone. No do notebook, o mimeógrafo. Ex-presidente do Grêmio do Colégio de Aplicação da UERJ entre 1968 e 1969, o deputado Chico Alencar lembra que este último aparelho, que servia para imprimir panfletos, ganhou o apelido de "cachacinha" entre os estudantes da época da ditadura, por funcionar a base de álcool. LEIA MAIS IG.COM

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