Arrozeiros têm certificação orgânica

Felipe Guerra - Dois anos após o início dos treinamentos e capacitações desenvolvidos pelo Sebrae no Rio Grande do Norte, os arrozeiros que integram a Associação Rural de Desenvolvimento Sustentável Lagoa do Saco receberam a certificação em Produção Orgânica, como Organismo de Controle Social - Venda Direta, concedido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A entrega aconteceu na manhã de ontem, na Câmara Municipal de Felipe Guerra.

De posse dos certificados, que atestam a qualidade do produto e garantem proteção ao meio ambiente, os cinco produtores do sítio Lagoa do Saco contarão a partir de agora com os benefícios da produção orgânica. Além de não precisar mais do atravessador nas comercializações, o arroz, por ser orgânico, terá um valor agregado e poderá ser comercializado com até 30% a mais no seu preço em relação ao produto comum.

Orgulhoso com a conquista, o produtor Francimar Morais faz planos para as próximas colheitas. Junto com os demais arrozeiros que integram a associação, Francimar quer comercializar a produção em supermercados da capital do Estado. "A gente acredita que as coisas vão melhorar cada vez mais. As pessoas já estão procurando nosso arroz e já na colheita que vai ter nos próximos meses vamos buscar mercado em Natal. Agora é daqui para melhor", espera o produtor.

Durante a cerimônia de entrega dos certificados, o gerente de Agronegócio do Sebrae/RN, José Ronil Rodrigues, lembrou da importância do selo orgânico. "As pessoas estão buscando mais os produtos orgânicos. Então, acredito que é preciso priorizar o diferencial do arroz-vermelho produzido na Lagoa do Saco para buscar novos mercados. Para isso, o Sebrae estará sempre à disposição dos produtores", promete Ronil.

A expectativa dos arrozeiros é que sejam colhidas na próxima safra cerca de 60 toneladas de grãos. A área plantada foi expandida de dois hectares, no ano passado, para 10 hectares neste ano. Atualmente, a produção dos arrozeiros de Lagoa do Saco é comercializada junto à Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB).

fonte: jornaldefato