INFORMATIVO FELIPE GUERRA PELO AGENTE JOVEM PARTE II QUEM FOI FELIPE GUERRA?



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Na época que fora Promotor de justiça no Apodi, conheceu no “Brejo”, Maria Gurgel, filha de seu Tibúrcio, irmã de Tilon, com a qual teve 11 filhos (6 nascido no Brejo hoje cidade de Felipe Guerra) cujo casamento se deu aos 23.08.1891.

Chegou assim á terra de sua esposa para nunca mais perder os laços afetivos.
Qual a obra mais importante de Felipe Guerra? Não é tarefa fácil, optamos informar a que alcançou maior projeção, especialmente além das fronteiras da terra potiguar, “Seccas contra a Seca”, tendo recebido as honras de clássico nacional elogiado, inclusive pela equipe de Geraldo Waring, cuja composição aplaudiu a obra após vastíssima pesquisa sobre o Nordeste, encontrando em “Seccas contra a Secca” esclarecimento e sugestões. Mais tarde os elogios ganharam a forma de solene.

Relembr5a o professor Otto Guerra. “Foi ele colocado pelo geólogo Norte-Americano Geraldo Waring ao lado de “Os Sertões” de Euclides da cunha, como sendo uma das Obras necessárias para conhecer o Nordeste Brasileiro. O Dr. Waring era chefe Geológico de Obras contra as Secas e seus livros intitula-se “Suprimento D’água no nordeste do Brasil (Imprensa Inglesa. Rio de Janeiro, 1923, p. 4, nota, 2° edição)”. Dessa forma a prova do reconhecimento é documental e insofismável.

As discordâncias jurídicas com o Governador Pedro velho de Albuquerque Maranhão renderam a Felipe Guerra e mais outros magistrados a “aposentadoria compulsória” (sem vencimentos reais) em 1898, só voltando a vestir a toga a 17 de novembro de 1909, isto é, onze anos depois em que voltou a magistratura ao ser designado para Comarca de Mossoró. Passou a maior parte desses “exílios” no Sitio “Canto”, no Brejo do Apodi, hoje Felipe Guerra, época de estudos e pesquisas, produzindo cientificamente naquela chã especialmente boa parte da obra “Seccas contra a Secca”. Entregou-se a pequena agricultura, a docência e ao criatório para assim sustentar mulher e filhos.

Coordenou o processo de erradicação do analfabetismo no “Brejo”, independente da idade do aluno em potencial, tanto ensinando, quanto reciclando e orientando os poucos professores da região, algo de grande pioneirismo na educação do RN. O que causava espanto, na época, era o fato de um magistrado de renome culto e erudito. Ali Sr. De Engenho (ou sitio como queiram) sair pelos quatro cantos do “Brejo” do Apodi lecionando e querendo erradicar o analfabetismo. Esse idealismo teve a primeira experiência prática aos 17 anos para nunca mais parar. Até hoje esse pioneirismo não é devidamente reconhecido e lembrado, salvo a homenagem solitária do professor e causídico Diógenes da Cunha Lima, no inicio da década de setenta, que nominou o antigo Centro de Ensino Supletivo (hoje EJA – Ensino de Jovens e Adultos) da Escola Professor Felipe Guerra, tendo-o batizado de “Apóstolo da Educação”, frase dita a Otto, filho de Felipe.
Essa cruzada pessoal contra o analfabetismo, iniciada no “Brejo” em 1898, não teve qualquer comemoração ou lembrança no ano do seu centenário (1998).

Também não se curvou diante das barreiras da época e solicitou ao Colégio Atheneu a matricula da sua filha no ano de 1922, acolhendo assim a bandeira de vanguarda requerida por sua descendente. Verbalmente negado, depois deferido, sua filha Marieta Guerra foi à primeira mulher a estudar numa Instituição até então só composta por homens, tendo sido inclusive a oradora da turma em sua formatura, Felipe guerra entendia que o preconceito era injustificável e sua filha não encontraria problemas, pois se daria ao respeito. Esse pioneirismo não é lembrado nem mesmo pelo Movimento Feminista do Rio Grande do Norte.

No que concede ao clássico nordestino, enquanto Euclides da Cunha recebeu varias homenagens dos seus conterrâneos, especialmente após o elogio de Geraldo A-Waring, ate hoje o poder publico do RN nada fez. Nenhuma medalha de mérito, nenhuma menção honrosa, nem mesmo a Assembléia Legislativa rendeu homenagens em reconhecimento a sua Obra que foi publicada em 1909. O silencio ainda se perpetua.

Na sua evolução histórica têm-se como marcas importantes: a fundação da primeira escola Silvia Gurgel, dirigida por Maria Bernadete Pinto (falecida) localizada na sede municipal, a chegada do primeiro medico, o Dr. Francisco Jerônimo da Silva, em 1980 a construção do centro de saúde Celestina Gurgel construção do Matadouro Publico, Mercado Municipal e a escola Municipal Professor José do Patrocínio Barra.

As principais festividades do município são 24 de novembro – Festa da Padroeira Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, 25 de outubro – aniversário da cidade 31 de dezembro – Réveillon e Carnaval. Depois de sua emancipação política (1964), o seu povo gritou vivas ao seu primeiro prefeito, o Coronel José Antônio, nomeado interinamente pelo governo do estado. A 31 de janeiro de 1965 o povo foi às urnas e elegeu o primeiro prefeito e vice-prefeito, Dr. Eilson Gurgel do Amaral e José Barra Neto.

FONTE: FELIPE GUERRA PELO AGENTE JOVEM.
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1 comentários:

JPBarra disse...

Valew Dudu, muito boa as informações sobre nossa terrinha.

Tá de parabéns...

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