Imagine-se em um lugar escuro, quente e de difícil locomoção, carregando 10 quilos de equipamento de exploração. Foi nessas condições que uma equipe de espeleólogos do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (Cecav), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), descobriu que a caverna do Trapiá, no município de Felipe Guerra, no interior do Rio Grande do Norte, é a maior do estado, com 2.330 metros de comprimento (ou “desenvolvimento linear”, no jargão dos espeleólogos).
A gruta foi encontrada em 2003 por meio de um trabalho de prospecção iniciado após uma análise de imagens de satélite que revelavam as áreas com maior probabilidade de existência de cavernas. Algumas expedições preliminares foram realizadas em 2006 e 2007, mas devido às constantes inundações na região, somente no final do ano passado a equipe de espeleólogos iniciou o mapeamento em parceria com o Meandros Espeleo Clube. Por enquanto, o trabalho de topografia revelou que a caverna é a maior do Brasil formada em rochas do período Cretáceo – que vai de 144 a 65 milhões de anos atrás.
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“A caverna do Trapiá se destaca entre as demais do Rio Grande do Norte e levanta a possibilidade de novas descobertas na região”, diz o analista ambiental Diego de Medeiros Bento, integrante da equipe de exploração e coordenador do Cecav no Rio Grande do Norte. Segundo ele, a gruta difere do padrão das cavernas da região que em média não passam de 500 metros.
fonte: Instituto Ciências Hoje
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